Turismo Náutico Sustentável

A costa portuguesa é um paraíso do “turismo azul”, que não se reduz apenas a praia e sol, mas abrange todo um conjunto de atividades desenvolvidas no mar. Com cerca de 2 830km de costa, existem diversas oportunidades de conexão com o mar.

Como país de navegadores, desenvolvemos um gosto natural pelo mar e aprendemos há muito a aproveitar os ventos a nosso favor. A aposta em atividades náuticas com reduzidos impactes ambientais pode ser possível através da escolha acertada.
Mas será o turismo náutico de recreio uma atividade sustentável?

Ao passear de barco, apostar no barco à vela pode ser uma experiência diferente, autêntica e mais amiga do ambiente. O aproveitamento do vento para viajar possibilita-nos uma experiência sem motor, ou seja, sem combustíveis fósseis e consequentemente sem derrames ou emissões de poluentes. A velocidade desta forma de locomoção não deve ser desvalorizada: num veleiro, ir à vela pode ser tão ou mais célere do que ir a motor, em condições ótimas de vento.
Há ainda cada vez mais embarcações equipadas de forma a obterem energia proveniente de fontes renováveis: painéis fotovoltaicos e pequenos aerogeradores. Existem ainda soluções mais inovadoras, com moinhos subaquáticos que geram energia a partir do movimento das embarcações. Com isto, a energia utilizada para iluminação, equipamentos e bombas é energia limpa.

Possíveis impactes resultantes da atividade náutica de recreio são as emissões de resíduos e poluentes para o meio marinho. Estas ocorrências podem ser evitadas através do acondicionamento adequado dos resíduos no interior da embarcação até à chegada a um porto de recreio onde seja possível a sua deposição em contentores. A separação para reciclagem é também aqui incentivada!
Embarcações a partir de uma determinada dimensão possuem depósitos de águas negras e oleosas que devem também ser descarregadas apenas nas estações apropriadas disponibilizadas nas marinas. Nos casos de embarcações que não disponham deste depósito, existem meios de minimizar os impactes, tais como o acondicionamento de gorduras utilizadas dentro da embarcação ou a utilização de detergentes, sabonetes e champôs ecológicos e biodegradáveis.
As infraestruturas de apoio a estas atividades, como as marinas e portos de recreio, devem também adotar boas práticas ambientais de forma a darem resposta às exigências ambientais e assim reduzirem a sua pegada ecológica.
Um passeio de barco pode ser assim uma boa aposta no turismo sustentável e pode representar uma oportunidade de ligação à natureza e de sensibilização da importância e proteção dos ecossistemas marinhos.

Boa navegação!

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